Nos dias 23 e 24 de Agosto, o São Paulo Expo recebeu o principal evento brasileiro voltado aos negócios do universo digital: o Digitalks Expo. Quer saber o que aconteceu por lá? Então fica com a gente para conferir tudo aqui! No vídeo abaixo, você já pode ver algumas das atividades e ambientes cativantes que a exposição proporcionou ao público.
O encontro anual é organizado pela Digitalks, empresa brasileira que leva conhecimento digital, inovação e oportunidades de negócios por meio de grandes eventos, fóruns, programa de TV online e mais de 50 atividades de conteúdo, preparando pessoas e transformando empresas.
É uma oportunidade única para coletar insights sobre marketing digital, conhecer as novidades do mercado e aprender mais sobre tecnologia nos negócios. E, neste ano, o Digitalks Expo trouxe uma parceria inédita com a Growth Conference Brasil, evento direcionado a líderes executivos, agências e consultores de marketing e vendas.
A SendPulse esteve no Digitalks Expo de 2023, marcando presença ao lado de grandes nomes como CNN, SBT e V4 Company. Recebemos com carinho, atenção e café os visitantes do nosso estande, para compartilhar nossas soluções de marketing digital, que vão desde chatbots automatizados para redes sociais até ferramentas de e-mail marketing e criação de landing pages, entre diversas outras.
Caso você não tenha ido conversar conosco no estande, pense em nosso site como um estande virtual e venha descobrir tudo que nossos serviços podem fazer pelo seu negócio!
Agora, vamos ver de perto como foram as palestras e o clima geral do Digitalks Expo 2023.
Sumário:
- 1º dia do evento
- IA e Produtividade: como as novas ferramentas estão mudando o dia a dia dos negócios
- IA Conversacional — Personalização e Contextualização
- Boa Vista – O poder do CX aliado à tecnologia e ao atendimento
- Desafios do Ecossistema Digital: inovação, disrupção e adaptação
- Supercopa Desimpedidos: a história por trás da maior collab da internet
- 2º dia do evento
- Aplicação de IA em estratégias de SEO
- A experiência digital do consumidor dentro da jornada de CX
- A importância da colaboração na liderança feminina
- Decifrando o código da jornada do cliente: estratégias inovadoras para aumentar vendas e fidelização
1º dia do evento
Uma das primeiras atividades do evento foi a palestra de Kenneth Corrêa, Diretor de Estratégia na 80 20 Marketing e entusiasta de metaverso e Inteligência Artificial Generativa. O tema da palestra de Kenneth foi “IA e Produtividade: como as novas ferramentas estão mudando o dia a dia dos negócios”.
IA e Produtividade: como as novas ferramentas estão mudando o dia a dia dos negócios
Em sua breve apresentação, feita no palco Innovation Experience, Kenneth falou sobre duas ferramentas incríveis que utilizam inteligência artificial:
- Gamma: feita para criar apresentações em slides de forma completa, atraente e natural, podendo facilmente produzir slides que parecem feitos por humanos;
- Rationale: feita para analisar contextos e tomar decisões, sendo muito útil para ajudar tanto em escolhas do dia a dia quanto para decisões delicadas do mundo corporativo.
Em seu discurso, que foi consideravelmente prejudicado pelo equipamento de som, Kenneth apontou como as IAs citadas são capazes de nos auxiliar profundamente em nosso cotidiano.
IA Conversacional — Personalização e Contextualização
Em seguida, veio a palestra de Rogerio Barreto, no palco Ads & Digital Marketing. Também falando sobre a inteligência artificial e suas implicações, o tema de sua fala foi “IA Conversacional — Personalização e Contextualização”.
Rogerio ressaltou um ponto fundamental quando se fala de IAs: existe uma noção de que elas agem e aprendem sozinhas, independentemente de fatores e ações humanas, e essa noção, que alimenta um misticismo em torno da inteligência artificial, é falsa. Para que os robôs se desenvolvam, é essencial que humanos conduzam processos de aprimoramento e direcionamento de aprendizagem.
O palestrante enfrentou, então, problemas técnicos para continuar sua apresentação de slides, em alguns momentos dando sequência à fala sem exibir as imagens que pretendia. Rogerio comentou o “boom” da OpenAI, empresa que criou o ChatGPT, dizendo: “a grande vantagem é que deixamos IA acessível à pessoa física”, e classificando o uso de IA como um “caminho irreversível”.
Em seguida, citou o WatsonX, inteligência artificial desenvolvida pela IBM para atender empresas, tornando possível gerir e acessar grandes volumes de dados de forma otimizada e prática, assim como o ChatGPT faz com todos os dados abertos disponíveis na Internet.
Rogerio também falou sobre o uso da inteligência generativa para acelerar o trabalho de operadores, por exemplo, de SAC. Para isso, criou um cenário de atuação, em que a IA pode dar insights ao operador de como oferecer determinada informação da melhor maneira.
Depois, deu 5 exemplos de plataformas de IA que podem ser utilizadas para otimizar atividades do dia a dia:
- Decktopus AI: focada na criação de apresentações, contendo ótimos templates e possibilidades de personalização;
- Poised: auxilia no aprimoramento da fala, gravando a voz do usuário e dando sugestões;
- Stockimg IA: plataforma online de banco de imagens, busca e criação;
- ChatPDF: converte textos editáveis e pesquisáveis;
- 10Web: é capaz de montar templates de sites.
O palestrante repete sua perspectiva: “IA não tem volta, temos que usar o que de melhor ela traz para nós”. Após isso, convida ao palco Camila de Paula (head de atendimento ao cliente), William Sousa (fundador e presidente da KAINOS &CO) e Nilton Augusto (CEO da KAINOS BPOTECH). Juntos, dão início ao painel “Boa Vista — O poder do CX aliado à tecnologia e ao atendimento”, entre mais problemas sonoros envolvendo os microfones e as caixas de som.
Boa Vista – O poder do CX aliado à tecnologia e ao atendimento
O moderador, William Sousa, reforça que a IA veio para ficar, tanto nos campos da experiência criativa, como também em vendas e marketing. Faz, então, a seguinte pergunta: “como usar a tecnologia para aprimorar o CX (experiência do consumidor)?”.
Camila responde dizendo que estamos aprendendo, e que não faz sentido aportar tecnologia em uma estratégia ruim. A experiência do cliente tem que estar no foco, na origem de design de produtos e serviços, na jornada ponta-a-ponta. E, a partir disso, é possível evoluir para aplicar tecnologia.
Rogerio complementa: “o básico bem feito vale mais do que um processo ruim com tecnologia”. Com isso, os palestrantes destacam a importância de um mecanismo de CRM para analisar a jornada do consumidor.
O CRM (gerenciador de relacionamento com o cliente) é uma ferramenta que examina toda a jornada dos clientes, desde o primeiro contato com a empresa até o pós-venda, analisando interações, problemas e possibilidades de aprimoramento.
Aqui na SendPulse temos um excelente mecanismo gratuito de CRM, muito útil para monitorar seus negócios e obter insights valiosos sobre o que está funcionando e o que precisa ser melhorado. Não deixe de conferir! Abaixo, você pode ver como trabalhar com negócios no nosso CRM.
William faz outra pergunta, sobre como o uso de IA pode facilitar a jornada do consumidor. Rogerio responde com um exemplo: “hoje, não podemos mais esperar um call center abrir para pagar um boleto, precisamos pagar o boleto na hora, depois estaremos trabalhando, pegando ônibus etc.”.
Camila pontua: “o cliente não quer ter esforço, precisamos nos adaptar ao seu comportamento e suas preferências”. Além disso, comenta a expectativa dos consumidores atuais de atendimento instantâneo.
William conta uma situação vivida no dia anterior: uma grande marca disse que sua dificuldade é o bot (atendente virtual) não dizer várias vezes a mesma coisa quando o cliente quer resolver algo simples. A partir disso, falam sobre a importância de que haja uma curadoria dos bots, para análise e melhoria contínua. Ou seja, reconhecem o fator humano como fundamental à IA.
Camila concorda, e ressalta a importância do time de colaboradores para manter o bom funcionamento do bot, inserindo e organizando informações. William acrescenta que algumas empresas estão colocando seus principais serviços para serem vendidos apenas em canais de chatbot, o que mostra a eficiência desse canal, quando gerido de forma consciente.
Por fim, o moderador provoca, perguntando ao público quem já usou bot, teve uma experiência ruim e desistiu do processo. Muitos levantam a mão. William segue, questionando quem usou, teve experiência ruim e continuou — poucos levantam a mão. William diz ser muito importante não desistir e continuar usando o bot, pois assim o time de curadoria pode perceber suas falhas e aprimorá-lo.
E, para mostrar mais uma vez a importância de um bom atendimento ao cliente, Rogerio revela que as taxas de fidelização de clientes aumentam consideravelmente quando o consumidor tem um problema e consegue resolvê-lo no SAC, sendo ainda maiores do que quando ele não passa por nenhum problema.
Para garantir o melhor atendimento ao cliente, você pode contar com nossos chatbots automatizados para WhatsApp, Instagram, Facebook e Telegram. Com eles, você oferece aos seus clientes respostas úteis e inteligentes de forma instantânea, 24 horas por dia, 7 dias por semana. A integração com o ChatGPT torna os bots capazes de conversar sobre assuntos complexos e abertos, sempre auxiliando consumidores da maneira mais apropriada.
Além disso, o criador visual de fluxos de conversa permite que você desenvolva seus bots sem a necessidade de conhecimentos avançados de programação. Nosso serviço só tem vantagens!
No vídeo a seguir, Maria, do time de Suporte da SendPulse, mostra como trabalhar com o criador de fluxo de chatbot automatizado.
Desafios do Ecossistema Digital: inovação, disrupção e adaptação
Já durante a tarde, o Digitalks Expo recebeu, no palco Congress, Igor “3k” Coelho, Amanda Colaço e Andre Gaigher, dos Estúdios Flow. A apresentação, agendada para 14h, começou com atraso, exibindo um teaser de introdução.
O tema central do painel foi defesa de opiniões nas redes, aludindo — sem citar diretamente — ao fatídico episódio protagonizado por Monark, ex-coapresentador do Flow. Os palestrantes comentaram o crescimento vivido pelo podcast em sua pior crise.
Sem defender em momento algum a fala de Monark, Igor deixou claro que considera importante “ser autêntico e falar a verdade”, além de deixar sempre aberta a possibilidade de diálogo e de divergência de opiniões.
Concordando, Amanda discursou sobre a importância de marcas terem comunicação autêntica e alinhada às suas práticas. Andre, por sua vez, falou da necessidade de diálogo e abertura para a construção de um time autônomo.
Seguindo o tema geral, Igor trouxe a hipótese de que as redes sociais estão nos “empurrando para um lugar de engessamento de opiniões”, servindo à criação de bolhas sociais. E, neste cenário, o apresentador do Flow disse que os criadores de conteúdo precisam estar dispostos ao diálogo e a mudar de ideia.
Indo além, Igor considerou que, atualmente, muitos criadores e marcas dizem o que acham que precisa ser dito, não tendo coragem de falar o que realmente pensam, sem se agarrar à narrativa do momento.
Complementando, Andre destacou que as marcas devem se preocupar em ter um time alinhado em termos de comunicação, valores e tom de voz.
Após isso, o CEO dos Estúdios Flow encerrou com um exemplo de impacto, falando sobre a necessidade de marcas terem alma para não se tornarem números: “poderia pedir para fazer uma fila de autógrafos do Igor e cobrar mil reais por autógrafo. A gente ia fazer dinheiro, mas o que isso comunica sobre a marca?”.
Supercopa Desimpedidos: a história por trás da maior collab da internet
Logo depois, o palco Congress recebeu mais figuras de expressão: Fred Bruno, do canal Desimpedidos, e Henrique “Chico” Pedrotti e Pedro Drable, da content tech NWB.
Pedro Drable foi moderador do papo, e começou falando sobre a NWB e suas ações, enfocando a Copa Desimpedidos, evento de futebol que reúne figuras populares da Internet. A Supercopa — inspirada no RockGol, programa da fase dourada da MTV Brasil — foi abordada como exemplo de mudança de hábitos digitais no Brasil, mesclando formatos e trabalhando formas de adaptar conteúdos para o ambiente da Internet.
Fred brincou, classificando o começo da Copa como “um interclasse” e dizendo que o sucesso alcançado se deve ao “terrível futebol apresentado”. O fundador do Desimpedidos também destacou que o projeto integrou a primeira leva do YouTube Brasil, junto de Felipe Neto, Porta dos Fundos e outros nomes.
Os palestrantes também enfatizaram a importância de collabs para o crescimento do canal. Na sequência, Pedro fez rápida pesquisa com a plateia e mostrou para todos os presentes que a maior parte do público assiste pelos conteúdos em torno dos jogos, e não pelos jogos em si.
Mas, para alcançar esse sucesso, os apresentadores deixaram claro que as collabs devem ser orgânicas, ou seja, aparecer de forma natural, genuína e enriquecedora dentro da experiência criada pelo conteúdo.
Neste ponto, o painel foi interrompido por interferências de áudio que causaram certo constrangimento em Fred, Pedro e Henrique. Depois de resolvidos os persistentes problemas, a apresentação seguiu.
Embora o conteúdo de humor pareça espontâneo e despretensioso, a apresentação mostrou toda a dedicação envolvida para a evolução do conteúdo. O desenvolvimento de Henrique como narrador foi um dos exemplos. Fred revelou que Henrique se trancava no estúdio e colocava partidas de FIFA no vídeo game para ensaiar a narração.
Na sequência, o discurso teve como objetivo destacar ainda mais o valor do marketing de influência e da colaboração para a produção do conteúdo, além do poderoso efeito de parcerias orgânicas e liberdade criativa.
Já quando se encaminhava para o final, o painel contou com spoilers da edição deste ano da Copa Desimpedidos: em 2023, a Copa terá times e uniformes próprios. E, além disso, o público estará em campo, mas o processo de seleção ainda não foi revelado. Outra revelação feita foi a de que Rodrigo Hilbert irá jogar nesta edição do evento.
Em seguida, os palestrantes fizeram questão de pontuar mais uma vez o intenso comprometimento que a Copa demanda, falando sobre as diversas pessoas que fazem o evento acontecer: equipes de iluminação, reconhecimento dos campos, transmissão e edição.
Por fim, compartilharam uma pesquisa sobre o consumo de futebol pela Geração Z, mostrando como, hoje, o futebol envolve interações nas redes sociais, impressões e muitos meios além do televisivo.
E, dessa forma, o primeiro dia de Digitalks seguiu, gerando muitas reclamações sobre o áudio das apresentações, o sinal de internet disponibilizado e o aproveitamento dos espaços. Ainda assim, o dia proporcionou experiências interessantes e variados insights sobre o mundo da tecnologia e da comunicação.
2º dia do evento
Uma das primeiras falas do segundo dia de evento ficou a cargo de Marcos Custódio, partner na WebPeak.
Aplicação de IA em estratégias de SEO
A apresentação de Marcos aconteceu no auditório ANAMID, que possuía uma administração sonora especialmente mal-elaborada, permitindo que apenas poucas pessoas conseguissem ouvir de modo satisfatório.
Ainda assim, a palestra se mostrou extremamente interessante e valiosa para aqueles que conseguiram acompanhá-la, tendo como título “Aplicação de IA em estratégias de SEO”.
Ao começar, Marcos relembrou que o ChatGPT popularizou a IA, mas não a criou. O palestrante buscou, então, a referência do filme Metrópolis, de 1927, que já antecipava o conceito de robotização.
Depois, em 1943, Warren McCullock e Walter Pitts fizeram o primeiro artigo de neurociência que considerava as atividades neurológicas como um sistema. E, por volta dessa época, o matemático e pai da computação Alan Turing já tinha ideia de um algoritmo para fazer algo similar ao que o ChatGPT faz, mas não tinha hardware com capacidade para colocar a ideia em prática.
Em 1951, a humanidade conseguiu simular sinapses do cérebro humano em processo computadorizado de contas matemáticas.
Na sequência, Marcos mencionou o evento que é considerado o marco zero da Inteligência Artificial como campo de pesquisa e desenvolvimento: a Conferência de Dartmouth. E, com esse recorrido histórico, o palestrante argumentou que a ideia de IA não nasceu no filme Metrópolis, mas na ideia humana de tornar coisas impossíveis possíveis, e disse: “hoje, o ChatGPT funciona porque o hardware capaz de processá-lo existe”.
Marcos, então, pergunta: “precisamos nos preocupar com as máquinas?”. Após a pergunta, o palestrante defende a perspectiva de que a IA não está aqui para tirar empregos, mas para nos tornar melhores. Ressalta a importância da IA para personalizar a jornada e a experiência dos clientes, além de aumentar a produtividade humana.
Para entender mais a fundo esse tópico e saber se as IAs chegaram para tirar empregos, confira o vídeo abaixo!
Para sustentar sua argumentação, Marcos cita um estudo divulgado pela Forbes que mostrou que empresas perdem 62 milhões todo ano por não oferecer experiência personalizada aos clientes.
O palestrante aproveita para também listar alguns dos usos de IA que podem otimizar profundamente o dia a dia das empresas:
- Automação de MetaTag;
- Copywriting;
- Anúncios.
Ainda pontuando a importância da personalização de experiências, Marcos disse que “desejamos ser tratados como únicos”, e comentou outra dor dos profissionais de SEO e Marketing: a criação de imagem e vídeo. Para facilitar esses processos, recomendou a ferramenta de inteligência artificial MidJourney, que é “capaz de fazer em segundos o que um humano pode levar horas e dias para fazer”.
Depois, citou também a IA Synthesia, que, segundo o palestrante, é perfeita para os tímidos, pois ela cria avatares a partir de fotos para que eles sejam usados em vídeos.
Encerrando sua fala, Marcos chamou atenção para o fato de que as noções humanas mudam ao longo do tempo, e que não precisamos nos assustar com as novidades, mas sim aprender a utilizá-las para melhorar e otimizar nossa rotina.
A experiência digital do consumidor dentro da jornada de CX
Logo depois, o auditório ANAMID recebeu Fernando Teixeira, CX Lead na Sioux digital, para sua fala “A experiência digital do consumidor dentro da jornada de CX”.
Abrindo sua palestra, Fernando propôs um caminho sem conteúdos técnicos, com o objetivo de provocar e gerar reflexão. Fazendo isso, disse que a experiência memorável do cliente deve ir além do produto: “o produto não é experiência”. O palestrante defendeu, no entanto, que estamos longe de ter a experiência do consumidor como centro. O produto ainda é o centro.
Fernando comentou o aumento da necessidade omnichannel, que não faça o cliente recomeçar sua jornada a cada etapa, de forma a oferecer uma experiência com o mínimo possível de atritos e repetições.
E também refletiu: “quando falamos de pessoas, não existe uma fórmula”. A evolução tem que ser constante. As empresas devem levar os clientes a perceber o valor da experiência para que eles paguem pelo produto e também pela experiência.
Segundo o palestrante, cada caso deve ser considerado separadamente, pois “cada produto e lógica de consumo precisa de um trajeto diferente para a criação da experiência”.
Para terminar sua fala, Fernando ofereceu cases de CX de sucesso:
- Apple: a integração de ecossistema da Apple é feita para que os produtos funcionem perfeitamente juntos, oferecendo uma experiência que incentiva clientes a permanecerem dentro desse universo;
- Amazon: a Amazon é referência em algoritmos avançados para sugestão de produtos, além de garantir a possibilidade de compras descomplicadas com um clique e integrar outros serviços como o Prime Video;
- Starbucks: a empresa trabalha com técnicas de conveniência e fidelização, possibilitando que clientes façam pedidos com antecedência e participem de programa de recompensa.
A importância da colaboração na liderança feminina
Ainda durante a manhã do segundo dia do Digitalks, o auditório ANAMID deu espaço ao painel “A importância da colaboração na liderança feminina”, com Fernanda Nascimento, da Rede Mulher Empreendedora, Malu Melo, da Saatis Design e Comunicação, e Vanessa Albuquerque, CEO da Cone Sul Marcas e Patentes.
As palestrantes representaram o programa “Digital por elas”, que fomenta o empreendedorismo feminino e a sustentabilidade, e ressaltaram a importância de ouvir e dar espaço às mulheres no mercado digital.
A conversa começou com uma pergunta feita para Fernanda, sobre a importância da colaboração feminina. Ela respondeu dizendo: “colaboração é fundamental”. Logo depois, ponderou que não somos treinados, principalmente no mundo acadêmico, para liderar. “Falta orientação, por isso a colaboração é importante, para dividir experiências e soluções, além de perceber que temos os mesmos problemas”.
Em 2013, Fernanda perdeu o emprego e foi para a Rede Mulher Empreendedora procurar apoio, e esse grupo se mantém até hoje. A palestrante disse não ter crescido sozinha: “o apoio da Rede foi e é fundamental”.
Continuando, Vanessa falou sobre a necessidade imposta socialmente de que a mulher seja “supermulher”, citando o fator da maternidade, e chamou atenção para o fato de que a profissional tem de estar bem consigo mesma.
Seguindo essa linha, Fernanda provoca: “como conseguimos dar conta de tudo?”. Para isso, ela disse contar com as redes de apoio, e contou já ter pedido para ficarem com seus filhos durante momentos em que não podia.
Fernanda então falou sobre a importância do apoio: “apoio para não sentir culpa, para não acharmos que temos que dar conta de tudo. E, com isso, consequentemente o impulsionamento do negócio é fomentado”. Além disso, disse ser fundamental a colaboração entre os gêneros, falando sobre a “confiança dos homens” e o “cuidado das mulheres”, características construídas por fatores históricos e culturais.
Malu disse, então, que a liderança feminina no mercado digital ainda é muito pouca. E, logo em seguida, perguntou a Fernanda quais são as skills necessárias para liderança feminina no mercado digital, que respondeu falando sobre a importância de alinhamento de valores: “todos têm posicionamentos em grupos, baseados em suas histórias de vida. É importante compreender, testar grupos. A concordância total e constante não vai acontecer, e isso faz parte”.
Fernanda também revelou que não se achava feminista até perceber a potência da união feminina para lutar por equidade. Quando entendeu isso, pegou para si a bandeira do movimento, por querer um mundo melhor para todos, homens e mulheres.
Com isso, Vanessa pergunta sobre o olhar feminino muito mais atencioso, questionando se realmente existe essa diferença, em que há preferência de mulheres para administrar projetos que precisam de maior atenção.
Fernanda disse não ter estatísticas sobre isso, acrescentando que existem vários tipos de mulheres e homens, mas considerou nas mulheres o traço maternal e a servidão culturalmente imposta. Disse também que seus clientes gostam quando ela está por perto, apontando que seu marido e sócio é mais técnico, enquanto ela é mais comunicativa.
Fernanda também defendeu a relevância dessa atenção e “maternalidade” no mercado de serviços: “vivemos, hoje, um forte movimento de humanização de empresas e serviços”.
Complementando, Malu falou sobre o carinho e a atenção que a mulher é capaz de trazer para o atendimento, para o RH e outras áreas das empresas. Contou também um caso em que seu colaborador estava tendo problemas com um cliente, e ela disse ao colaborador “o cliente só quer um carinho”. Fernanda concordou, afirmando: “o cliente não quer alguém perfeito, quer alguém bondoso”.
Nesse momento, Vanessa recuperou os reflexos maternais ao comentar o “poder da gestação”, que teoricamente dá maior capacidade de cuidado e afeto às mulheres. E, para fechar a fala simbolicamente, Fernanda contou que tinha um chaveiro da mulher maravilha, e, quando entendeu que não precisava ser perfeita, jogou-o fora.
Decifrando o código da jornada do cliente: estratégias inovadoras para aumentar vendas e fidelização
Já para finalizar o último dia do Digitalks, o palco Digi Commerce contou com palestra de Taísa Pereira, da Mediasmart, Aldo Pacheco, do Ecommerce na Veia e Ivan Correa, da Sales Box, moderado por Guilherme Mahlow, da Camisa 9.
O painel começou com um questionamento de Guilherme, relacionado à personalização de comunicação com clientes: “como coletar dados para personalizar campanhas?”.
Ivan comentou o erro comum de colocar foco na campanha e não no cliente. E, para isso, Taísa destacou como fundamental conhecer os consumidores: “se sua empresa é uma festa, quem você vai convidar?”.
Ivan recomendou: “antes de buscar novos clientes, entenda os que você já tem, analise-os e entenda quem você deseja manter e convidar para sua festa”. Continuando a metáfora, os palestrantes chamaram atenção para o fato de que, hoje, os convites de festas são online, e isso mostra o quanto o mundo digital está presente no dia a dia das empresas.
Guilherme seguiu, fazendo provocação a Aldo: “identificamos quem queremos convidar para nossa festa e por onde vamos mandar o convite, mas nem sempre os convidados vêm. Como trazer mais vendas com base nesse mapeamento?”.
Aldo respondeu: “o público é on e offline ao mesmo tempo. A jornada não é retilínea. Por isso, a curadoria dos dados deve ser feita com inteligência, para que se conheça o cliente em vez de imaginar quem ele é”.
Aldo ainda disse que a comunicação das empresas deve ter o objetivo de simplificar a vida dos consumidores: “o ponto de partida de qualquer ativação de marketing é entender o cliente”.
Assim, Guilherme seguiu com as perguntas: “as empresas devem coletar informações de forma sutil que ajudem a entender melhor seus clientes para oferecer a melhor experiência. Mas como fidelizar esse cliente?”.
Taísa considera fundamental compreender o cliente e conhecer o objetivo dele para saber como agir e como fazer a segmentação correta. É necessário haver transparência de comunicação.
Guilherme trouxe, então, sua última provocação, para encerrar o painel e dar início ao happy hour do evento: “o que vocês enxergam que não funciona mais e as empresas continuam fazendo em termos de vendas e fidelização?”.
Ivan apontou as muitas tentativas baseadas em “achismo”, defendendo que deve haver testes. As empresas devem fazer perguntas e, principalmente, aprender a ouvir as respostas.
Já Taísa defendeu a necessidade de uma comunicação muito maior entre times de branding, pois as estratégias, muitas vezes, estão desalinhadas.
Aldo reforçou: “não temos o costume de ouvir o cliente. Não devemos lutar contra ferramentas que tornam a análise do cliente mensurável e analisável”.
Por fim, Guilherme também deu suas considerações, dizendo que consumidores não devem ser vistos como números: “se os clientes perceberem que uma empresa os enxerga como números, não vão voltar e vão fazer com que seus amigos não venham”.
Assim, o maior evento do universo digital no Brasil terminou, com muitos insights sobre as novidades do mercado, entre as incríveis inteligências artificiais e a necessidade de humanização das empresas.
Durante a cobertura, você percebeu como as ferramentas da SendPulse são perfeitas para colocar várias das estratégias vistas aqui em prática. Então não deixe de conhecer mais os nossos serviços e descubra como eles podem revolucionar o seu negócio!